Dos alunos que freqüentam a quarta série do ensino fundamental, 22% não desenvolveram habilidades de leitura compatíveis a esse patamar de escolaridade e 37% aprimoraram algumas competências, mas ainda demonstram desempenho em língua portuguesa bem abaixo do desejado. Esses dois grupos de estudantes, que totalizam 59% da matrícula do final do primeiro ciclo da educação obrigatória, apresentam níveis de rendimento escolar considerados “crítico” ou “muito crítico”.
Grande parte desses alunos não consegue ler um texto simples, como um convite feito pela escola para a festa junina. Além disso, eles não localizam no texto duas informações colocadas de maneira separada e não identificam o tema central de um texto. Em uma questão da prova, muitos estudantes não sabiam que “brava” é o mesmo que “furiosa”, demonstrando desconhecimento de elementos básicos da língua portuguesa.
A conclusão é do estudo “Qualidade da educação: uma nova leitura do desempenho dos estudantes da quarta série do ensino fundamental”, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). O trabalho teve como base os resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2001, cujas provas de matemática e língua portuguesa são aplicadas a cada dois anos em uma amostra de estudantes de todas as Unidades da Federação.
Os dados revelam que o processo ensino-aprendizagem das crianças se concretiza de forma precária no País. A maioria dos estudantes não aprende a ser leitor para realizar as atividades básicas do cotidiano, inserir-se na complexa sociedade globalizada e exercer plenamente a cidadania.
De acordo com o estudo, 36% dos estudantes estão em um nível considerado “intermediário”, ou seja, conseguem ler textos mais complexos, mas não fazem leitura de gêneros variados, como o jornalístico, e de informações sob forma de tabela. O nível de leitura desse grupo ainda é insuficiente para um aluno que está na quarta série. Apenas 5% podem ser considerados leitores competentes. Eles demonstram habilidades de leitura compatíveis com a série e dominam alguns recursos lingüísticos.
Matemática – O cenário é semelhante na avaliação das habilidades de compreensão matemática, com 52% dos estudantes em situação “crítica” ou “ muito crítica”. Segundo o estudo, 12% dos alunos não conseguem transpor para uma linguagem matemática específica comandos operacionais elementares compatíveis com a quarta série. Outros 40% desenvolvem algumas habilidades elementares de resolução de problemas, mas o nível de aprendizado está bem abaixo do exigido nesta fase da escolarização.
Os alunos demonstram dificuldades em lidar com localização espaço-temporal quando questionados sobre direção (frente/direita/esquerda) e distância (longe/perto/ao lado) e reconhecer o intervalo de tempo decorrido entre o início e o término de um evento. Vários deles não conseguem dividir um número com três algarismos por outro com um dígito e somar valores monetários com casas decimais.
Há um grupo, que representa 41% dos alunos, classificado no nível intermediário. Eles também desenvolveram algumas habilidades de interpretação de problemas, porém insuficientes ao esperado para a quarta série. Apenas 7% interpretam e sabem resolver problemas de forma competente, apresentando as competências compatíveis com a série cursada.
Situação é mais grave no Nordeste
Em relação às regiões do País, a situação é mais grave no Nordeste, onde 33% dos estudantes da quarta série situam-se no nível “muito crítico” em língua portuguesa. Apenas 2% dos alunos da região têm habilidades de leitura compatíveis com a série e obtiveram desempenho considerado “adequado”. No Sul, há o menor índice de alunos no nível “muito crítico”: 13%. O maior percentual de estudantes com desempenho “adequado” está no Sudeste, com 8%.
Grande parte desses alunos não consegue ler um texto simples, como um convite feito pela escola para a festa junina. Além disso, eles não localizam no texto duas informações colocadas de maneira separada e não identificam o tema central de um texto. Em uma questão da prova, muitos estudantes não sabiam que “brava” é o mesmo que “furiosa”, demonstrando desconhecimento de elementos básicos da língua portuguesa.
A conclusão é do estudo “Qualidade da educação: uma nova leitura do desempenho dos estudantes da quarta série do ensino fundamental”, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). O trabalho teve como base os resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2001, cujas provas de matemática e língua portuguesa são aplicadas a cada dois anos em uma amostra de estudantes de todas as Unidades da Federação.
Os dados revelam que o processo ensino-aprendizagem das crianças se concretiza de forma precária no País. A maioria dos estudantes não aprende a ser leitor para realizar as atividades básicas do cotidiano, inserir-se na complexa sociedade globalizada e exercer plenamente a cidadania.
De acordo com o estudo, 36% dos estudantes estão em um nível considerado “intermediário”, ou seja, conseguem ler textos mais complexos, mas não fazem leitura de gêneros variados, como o jornalístico, e de informações sob forma de tabela. O nível de leitura desse grupo ainda é insuficiente para um aluno que está na quarta série. Apenas 5% podem ser considerados leitores competentes. Eles demonstram habilidades de leitura compatíveis com a série e dominam alguns recursos lingüísticos.
Matemática – O cenário é semelhante na avaliação das habilidades de compreensão matemática, com 52% dos estudantes em situação “crítica” ou “ muito crítica”. Segundo o estudo, 12% dos alunos não conseguem transpor para uma linguagem matemática específica comandos operacionais elementares compatíveis com a quarta série. Outros 40% desenvolvem algumas habilidades elementares de resolução de problemas, mas o nível de aprendizado está bem abaixo do exigido nesta fase da escolarização.
Os alunos demonstram dificuldades em lidar com localização espaço-temporal quando questionados sobre direção (frente/direita/esquerda) e distância (longe/perto/ao lado) e reconhecer o intervalo de tempo decorrido entre o início e o término de um evento. Vários deles não conseguem dividir um número com três algarismos por outro com um dígito e somar valores monetários com casas decimais.
Há um grupo, que representa 41% dos alunos, classificado no nível intermediário. Eles também desenvolveram algumas habilidades de interpretação de problemas, porém insuficientes ao esperado para a quarta série. Apenas 7% interpretam e sabem resolver problemas de forma competente, apresentando as competências compatíveis com a série cursada.
Situação é mais grave no Nordeste
Em relação às regiões do País, a situação é mais grave no Nordeste, onde 33% dos estudantes da quarta série situam-se no nível “muito crítico” em língua portuguesa. Apenas 2% dos alunos da região têm habilidades de leitura compatíveis com a série e obtiveram desempenho considerado “adequado”. No Sul, há o menor índice de alunos no nível “muito crítico”: 13%. O maior percentual de estudantes com desempenho “adequado” está no Sudeste, com 8%.
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